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Para dar início aos trabalhos do Grupo de Estudos, distribuímos cópia do livreto Na Roda da Capoeira, de Maurício Barros de Castro.
Trata-se de um trabalho sintético, elaborado sem pretensões acadêmicas, porém instigante. O autor retoma algumas questões clássicas no debate sobre a história da capoeira, como a origem e o surgimento dos primeiros registros nas cidades brasileiras, e discute temas muito atuais. Após uma breve descrição do processo de formação da capoeira atual, com a configuração em escolas tradicionais, o trabalho aborda o tema das formas de transmissão dos saberes na capoeira e traça uma rápida descrição da roda de capoeira, com destaque para a bateria e para os principais ritos.
O autor, Maurício Barros de Castro, é um pesquisador que se dedica há vários anos ao estudo da capoeira. É doutor em história social e pesuisador do Núcleo de Estudos em Hitória Oral da USP. O livreto foi preparado para uma exposição realizada na Galeria Mestre Vitalino, no período de 24 de abril a 6 de julho de 2008.
Trata-se, portanto, de uma boa leitura para uma primeira aproximação do tema, mas também interessante para estimular a reflexão sobre temas atuais para os que já têm familiaridade com a literatura sobre a história da capoeira.
Encontramos uma versão eletrônica do texto, sem as ilustrações e a bibliografia, no site do Grupo de Capoeira Angola N´Golo, com sede no Rio de Janeiro (http://www.angolangolo.com/). Vale a pena dar uma olhada geral no site, que traz informações, fotos e vídeos muito interessantes.
Para acesso ao texto, clique no link abaixo:
http://www.angolangolo.com/textos/na_roda_de_capoeira_mbc.pdf
Mestre Luiz Renato
Um comentário:
Sobre Mestre Bimba, sempre tenho a impressão de que ele é uma espécie de síntese da capoeira, e o texto, de certa maneira, ajuda a reforçar essa idéia. Além de ter sido praticante do candomblé, viveu momentos distintos (porém ligados) da história da capoeira: da sistemática repressão sofrida pelo Estado à conquista (ainda que precária) dos espaços formais e do reconhecimento institucional.
Outro aspecto importante é a relação dos espaços e formas de trabalho (a rua quase sempre, mas sobretudo a zona portuária) com a prática da capoeira durante o século XIX e parte do século XX. A idéia da utilização do berimbau como resultado dessa relação é bastante representativa.
Valeu.
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